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Presidente da Câmara visita obras do aterro sanitário de Maceió

Vereador Eduardo Holanda disse estar encantado com projeto da Prefeitura.

Os vereadores Marcelo Palmeira (PV), Marcelo Gouveia (PRB), Francisco Holanda (PP), Dino Júnior (PCdoB), Silvio Camelo (PV) e Eduardo Holanda (PMN) – este presidente da Câmara Municipal de Maceió – tiveram uma manhã diferente nesta quinta-feira (11). Isso porque, após mais uma sessão ordinária na Casa Mário Guimarães, a comissão de vereadores se dirigiu ao local onde estão sendo concluídas as obras do aterro sanitário, no bairro Benedito Bentes, na parte alta da capital.

Na ocasião, os vereadores foram recepcionados pelo superintendente de Limpeza Urbana de Maceió, Ernande Baracho, a quem os vereadores externaram satisfação para com o andamento do projeto.

“Trata-se de uma obra esperada há mais de quarenta anos e que irá solucionar diversos problemas de ordem ambiental, em substituição ao lixão de Jacarecica, que ainda representa riscos à saúde pública. Com o trabalho de inserção dos catadores, que hoje sobrevivem do que encontram no lixo, erradicaremos de uma vez por todas, por meio da coleta seletiva e do devido tratamento de resíduos como o chorume, a possibilidade de poluição hídrica. Por tudo isso, o prefeito Cícero Almeida (PP) está, mais uma vez, de parabéns”, avaliou o vereador Eduardo Holanda.

O superintendente Ernande Baracho disse que as obras sofreram certo atraso devido às recentes chuvas, ‘já que terraplanagem não combina com água’. “Nossa previsão agora é bastante otimista. Já avançamos muito, mas continuamos a trabalhar para respeitarmos a dilatação do prazo, de sessenta dias, concedido pelo Ministério Público, já que nosso prazo inicial findou em dez de março”, explicou Baracho, que considerou salutar a iniciativa dos vereadores.

“O presidente Eduardo Holanda me ligou ontem [quarta-feira] e confirmou a ida dos vereadores, apoiando a iniciativa do vereador Marcelo Palmeira. Nosso objetivo é justamente este, o de finalmente concluir a obra e apresentá-la aos legisladores e à população, na certeza de que também contaremos com o apoio, por exemplo, da iniciativa privada, para que esta possa disponibilizar uma alternativa à geração de emprego, aproveitando a mão de obra representada pelos catadores”, analisou o superintendente.

 

Saiba mais

Maceió ainda é a única capital do Nordeste a não possuir um aterro. Em 2005, o Ministério Público Estadual recomendou a realização das obras à Prefeitura de Maceió, que, em 2008, iniciou o projeto cujo objetivo é dar ideal destinação as 1.400 toneladas de lixo produzidas por dia em toda a capital – sendo que 700 toneladas correspondem a entulho, que pode ser reaproveitado.

O local escolhido é fruto de levantamento que levou em conta estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), além das considerações de outros órgãos afins e das comunidades circunvizinhas. O aterro ficará a 3,98 km da área residencial mais próxima, no Benedito Bentes, e a 4 km do litoral, seguindo todas as normas ambientais – como a de tratamento do chorume, o líquido gerado pela decomposição da matéria orgânica. Ao invés de jogá-lo no leito de um rio, o chorume será submetido a um moderno processo de evaporação, podendo ainda ser utilizado como fonte alternativa de energia.

O projeto do aterro – que deverá ter vida útil de 20 anos – também contempla um parque sócio-ambiental na área do atual lixão, de acordo com Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MPE, e será dividido em células, conforme a complexidade do lixo (domiciliar, hospitalar, industrial, entre outras).

“Podemos entender o lixão como um depósito desordenado de lixo. Já o aterro sanitário é uma grande obra de engenharia que não agride a natureza”, concluiu Ernande Baracho.